Uma Ode à Pinça Perfeita

Não vou fazer deste texto uma apologia a tirar a própria sobrancelha, porque este é um estado de graça que eu mesma ainda não alcancei. Atingi apenas aquela maturidade que vem na marra, depois de tantos erros, de que eu não sou digna de contornar o desenho da minhas sobrancelhas. E se só se aprende na prática e eu não pratico mais… Afirmo, NÃO vou instigar que ninguém o faça. Mas ó, Frida Kahlo só teve uma! ;)

Mas pelos todo mundo tem, nasce fora do desenho que a moça do salão caprichosamente fez, nasce no buço, há quem diga que nasce até no queixo, tipo cavanhaque, mas quem tem, não é louca de assumir… Por estes e outros motivos mais obscuros (como arrancar os primeiros fios de cabelos brancos), podemos afirmar que mulher nenhuma sobrevive sem pinça.

E em busca da pinça perfeita encontramos muitas delas, compramos aos quilos, na farmácia, na lojinha de cosméticos, na emergência em uma viagem. Elas ficam no carro, na bolsa, no banheiro, no criado mudo e tem mais utilidade que sequer imagina nossa vã filosofia… Quem nunca socorreu com uma pinça em punhos um ser do sexo masculino com um fiapo de madeira enfiado na carne?

Então, mesmo que você seja como eu, o desastre total na arte de tirar as próprias sobrancelhas, por uma razão ou outra você vai precisar de uma pinça.

E quantas de todas as incontáveis peças que colecionamos (ou não) ao longo da vida podemos chamar de “A Pinça”?

Tem aquelas que são ordinárias e as pontas se desencontram, tem aquelas que as pontas se encontram, mas não pegam nada, outras que mal tem propulsão para voltar a abrir depois que você pressiona pela primeira vez. Tem as que enferrujam, tem as clássicas, tem as bonitas, tem as caras e tem as caras e bonitas ao mesmo tempo, como as Tweezerman, que eu sonho possuir um dia…

Dias atrás até vi umas disfarçadas de simpáticas bonequinhas de uma marca que o nome me lembra biscoito, mas é de acessórios de maquiagem: Macrilan. Apesar de fofinhas, resisti bravamente, porque entre todas as que passaram por mim, uma está ocupando o posto de “A Pinça” atual do meu coração.

Pinça da rede de farmácias Panvel

Ganhei da Dáfni, que já me deu tanto presente que fico até sem graça de agradecer, parece que nunca é suficiente para o tanto de carinho que já veio pelos Correios lá de Bagé aqui pra casa. <- Nhóin gente, blogosfera é lugar de fazer amigas!

E olha, posso não ter uma Tweezerman, mas com esta pinça nem sinto falta, parei de desejar o inace$$ível!

Ela é tudo, bonitinha (olha a estampa) e tem A pegada. Com ponta precisa – consigo tirar sem dificuldades aqueles pelinhos travessos que resolvem nascer curtinhos e grossos, totalmente fora da zona de definição - porque eu não sei desenhar sobrancelha, mas sempre tem um pelo que nasce entre elas, tem um que nasce muito abaixo ou acima delas, te deixando com cara de “preciso fazer uma limpeza de pele urgente”. E estes pelos aparecem do nada justamente nos dias de algum compromisso inesperado e importante e, claro, longe do dia marcado para voltar na sua especialista, né?

Como só tenho esta, procuro deixá-la sempre à mão. Fica a maior parte do tempo em cima da pia do banheiro, mas carrego na bolsa (no bolsinho secreto que só as coisas que importam viajam, como bateria reserva do celular e o pen drive) quando preciso ficar alguns dias fora de casa.

A minha veio num kit fofo com uma lixa de unha na mesma estampa e, pelo que vi no site da Panvel, existem outros desenhos. Eu gostei tanto, mas tanto, que recomendo que experimentem. Eu ainda não pedi nenhuma outra, porque apesar de estar amando, morro de medo de descobrir que ela foi apenas um caso raro no meio tantos objetos comuns.

 

Adeus pinças antigas…

 

Se você a conhece também, compartilhe, por favor, que a sua é tão boa quanto a minha. E você que não tem, mas quer pagar pra ver e não mora na região Sul, clica AQUI, a Panvel faz entregas pra todo o Brasil.

 

Crédito das imagens

Frida Kahlo: daqui (me desculpem as fãs, mas foi inevitável).

Pinça Tweezerman: daqui.